quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nunca entregue um avião para um piloto não habilitado no tipo.

O Piper Cherokee-140 PT-CON não conseguiu pousar, pois a pista estava interditada no momento, tendo regressado a São Carlos-SP.
O Cmte. L, assustado e chateado com o ocorrido. Apenas perda material.
Bombeiros da cidade foram acionados, como medida de segurança.














O Cessna C-170B acidentado na pista.

Eu e meu amigo Dr. ACC, o Cmte. C de Araraquara-SP, sempre mantivemos uma boa amizade, desde 1972 quando comecei a freqüentar a Morada do Sol, como integrante do pessoal do pára-quedismo de Jaboticabal-SP( entidade reaberta em 03.05.1971). Estávamos ajudando na estruturação e fundação do PACAS- Paraclube Águias do Sol. A nossa amizade fortaleceu, quando vim para Araraquara-SP em 1974 voar um monomotor Cessna-182P Skylane, PT-KAZ, para a ex- Construtora Igaraçú. Posteriormente, em 1.979 estava voando um Cessna-210 L Centurion 1974, o PT-KHF, para a ex-Ind. e Com. De Frutas de Matão-SP. E é nesse período, exatamente em 1979, que acontece a perda do monomotor Cessna-170 B, o PT-xis do meu amigo Cmte. ACC. Havia ele adquirido recentemente essa aeronave do falecido Cmte. de garimpo: Pedro Bô de S.José do Rio Preto-SP e como na época já havia voado muitos C-170, consegui passar todo treinamento necessário para operação da sua nova aeronave convencional ao amigo ACC. É de se estranhar um prefixo “xis” em um velho C-170B dos anos 1.950, mas acontece que essa aeronave pertenceu ao Governo do Estado de Goiás e quando foi vendida em 1.971 para o Cmte. Pedro B recebeu o prefixo privado da época PT-xis, pois quando do Estado mantinha um prefixo Estadual.
Certo dia o meu amigo ACC me procurou para dar DC- Duplo Comando em um piloto multimotor que voava um Piper Navajo na época para uma Empresa do RJ. Era o Cmte. L, o qual estando em Araraquara-SP iria fazer algumas fotos aéreas com o Cessna-170 PT-xis do ACC, pois o meu amigo não tinha tempo e não podia faltar do seu serviço em Ribeirão Preto-SP. Nessa época o Cmte. C, cuja profissão sempre foi advocacia, trabalhava para um Grupo de Ribeirão Preto-SP, detentor da marca de um famoso refrigerante. Assim sendo, o amigo C passava todo dia senão viajando a serviço ou em Ribeirão Preto-SP, sede do seu trabalho.
Cheguei a indagar, se o piloto para o qual entregaria sua aeronave tinha experiência com aviões convencionais e o meu amigo C entusiasmado concluiu que o Cmte. L era PLA- Piloto de Linha Aérea e possuia boa experiência, mas as coisas não eram bem assim como ele imaginava. Voar um Cessna-170 B, convencional, com um motorzinho de 06 cilindros e 145 HP exigia muita habilidade e se houvesse vento de través pior ainda.
Já que assim ele desejava, em alguns momentos de folga nos vôos com o C-210 Centurion eu agendava momentos para dar Duplo Comando no Cmte. L. Não senti muita segurança na sua operação que era meio atrapalhada por excesso de velocidade e atitudes de pousos incorretas com a aeronave, conseqüência da sua larga experiência em grandes aviões e triciclos. Fizemos dezenas de operações juntas, inclusive manobras altas para adquirir segurança na aeronave. Experimentei levá-lo a diversas pistas diferentes e de terra existentes na época na região próxima a Araraquara-SP, inclusive na pista da cidade de Matão-SP, onde operaria com o fotografo contratado para o serviço de fotos aéreas, motivo do aluguel da aeronave. Em nenhuma circunstância consegui sentir tranqüilidade na operação da aeronave pelo Cmte. L, motivo pelo qual, após exaustos vôos, acabei não solando ele na aeronave que estava sob minha responsabilidade até então. Ele deve ter ficado muito chateado comigo.
Liguei para o amigo Dr. C que se encontrava no trabalho na sede da empresa em Ribeirão Preto e esclareci os fatos, dizendo que se dependesse de mim não entregaria ainda o avião para o piloto em questão e que ele mesmo verifica-se as condições de operação voando mais com o Cmte. L assim que possível, não precipitando a situação.
A seguir, acabei tendo que ir voar com o Cessna Centurion para o território de Rondônia (hoje, estado de Rondônia), onde a empresa para qual voava estava abrindo uma fazenda na região de Pimenta Bueno-RO. Fiquei vários dias fora e sem comunicação alguma com minha casa ou com a firma em Matão-SP. Quando regressei, encontrei sobre a minha mesa no escritório um exemplar do Jornal O DIÁRIO de Araraquara-SP, estampando na primeira página o incidente com o PT-xis do meu amigo Cmte C. O qual apesar de advertido, acabou entregando a aeronave ao Cmte. L, que operando sozinho na pista de asfalto de 1.500 mts, com alta temperatura e fortes ventos de través não conseguiu nem alçar vôo, quebrando a aeronave durante a decolagem mal sucedida.
Nunca mais vi o Cmte. L, pois acabou deixando a Empresa no RJ e partiu para a Aviação Comercial. O meu amigo C desanimado, acabou vendendo o PT-xis acidentado para um Aero Clube, o qual dispunha de uma excelente oficina de manutenção e recuperou a aeronave. Foi vendida posteriormente para uma empresa de publicidade aérea e continua até hoje sendo utilizado no reboque de faixas publicitárias pela orla marítima do Litoral Sul. Por ocasião da morte do Ayrton Senna na Itália, assistindo TV, vi o Cmte. L na cabine de comando de um jato comercial, o qual estava voando nessa época e foi ele que transportou para o Brasil, o corpo do nosso campeão, o inesquecível e admirado Senna. Nota do autor:Os nomes e prefixo da aeronave envolvida foram omitidos para preservar a integridade de cada um, visto que hoje o Cmte. L é um conceituado Piloto de Linha Aérea. Coisas inesperadas acontecem nas nossas vidas e muitas vezes servem de lição, dando-nos bagagem e incentivo para prosseguir em frente. A aviação também ensina.

Origen del nombre DELFINO.



Origen del Apellido: Proviene del nombre Delfino, del latín "delphinus" (delfín). Los apellidos derivados de nombres de peces estuvieron difundidos en las regiones costeras de Italia, mayoritariamente dedicados a la pesca, tales como: Venecia, Genova, Casanto y Sicilia. En la Edad media, los padres solían dar a sus hijos nombres de Santos, el nombre Delfino se difundió por la devoción a San Delfino, Obispo de Bordeaux, siglo XV. (Onom.24 Diciembre)
Varias Familias Delfino pertenecieron a la nobleza italiana: DELFINO: Piamonte. Condes de Trivero; Señores de Piazzo; Conseñores de Lavriano, Monteu da Po, San Sebastiano.
En lo que se refiere a nuestra familia, hasta donde hemos llegado en la búsqueda, los DELFINO/s, eran originarios de la provincia de Cuneo, Valle Santa Anna, Bernezzo, Caraglio, Cuneo, y los FASANO/s de Villastellone , Carignano, Borgo Cornalesse en el Piamonte, Italia.
En el año 1439, el apellido DELFINO, se registra en archivos del "focatico" (impuesto que se pagaba por recoger leña) en Bernezzo.
Angel Delfino y sus hijos emigraron a la Argentina, embarcaron en el Puerto de Genova, en el Buque PROVENCE llegando al Puerto de Buenos Aires el 13 de Noviembre de 1904, se radicaron en LA PLAYOSA, Provincia de Córdoba, ARGENTINA.
Giovanni Battista DELFINO
Antonia Maria.....
1750-Bernezzo-Valle Santa Anna- Italia
Antonio DELFINO
Barbara CHIAPPELLO
1770-Bernezzo-Valle Santa Anna- Piemonte
Giovanni Battista DELFINO
1- Aloysia ALESSIO
2- Francesca BODINO
1800-Bernezzo- Cuneo- Piemonte
Giacomo DELFINO
Antonia PAROLA
Caraglio- Cuneo- Piemonte-
Angelo DELFINO
Anna Maria DUTTO
Caraglio- Cuneo
Boves- Cuneo (+) Cervazca
ANGELO DELFINO
CANDIDA FASANO
Caraglio-Cantone San Lorenzo-CUNEO-Italia
Villastellone -Torino-Italia
JOSE DELFINO

terça-feira, 8 de setembro de 2009

AMIGOS FOREVER, a grande familia..

Amigos Forever, reunidos em 23.06.2001, durante a Feira de Aviação de Sorocaba-SP.A amizade pode começar a qualquer tempo a qualquer hora.

O que eu acho muito bonito nessa aviação aerodesportiva é como o pessoal é unido. Essa aviação fez de todos nós uma grande família. Isso é sem duvida algo fantástico, pois o coleguismo e a amizade são acima de qualquer interesse.
Temos os mesmos gostos, gostamos de aviação, de um bom papo e de estarmos entre pessoas alegres e felizes, nosso mundo. Sabemos que muitas pessoas irão passar pelas nossas vidas, mas somente verdadeiros amigos deixarão marcas no nosso coração. Afinal, existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.
O tempo passa, mas as verdadeiras amizades permanecem independentes da distancia, pois um do outro a de se lembrar. Podemos perder tudo, bens, dinheiro, mas não podemos perder a amizade, pois com ela construiremos tudo novamente. Bons AMIGOS são difíceis de encontrar, mais difícil ainda de deixar, e impossíveis de esquecer.
No nosso circulo de amigos, ainda bem que você está presente, independente da idade, do sexo, da cor o importante é torcer para que o próximo fim de semana seja de sol, boa meteorologia para irmos com nossos aviões e nos encontramos para um bom bate papo, uma boa comida, uma cervejinha gelada, cada vez de forma diferente, sendo único e inesquecível cada momento.
Os que vivem aviação são como amantes, verdadeiros apaixonados por lugares incríveis e só o avião proporciona isso. Quando não é possível voar, de carro ou de qualquer outra forma os amigos procuram se encontrar, para viverem momentos alegres e felizes.
Muitas vezes acabamos perdendo algum amigo, algo aconteceu de errado e ele partiu sem dizer Adeus, mas mesmo assim, jamais esqueceremos os bons momentos em que vivemos e muito compartilhamos voando e se encontrando. A vida tem dessas, ela prega muitas vezes muitas peças na gente e só a força da amizade consegue superar tão difícil momento. A amizade é a essência da vida. Quem tem amigos, tem mais que um Tesouro. Os amigos chegam e se vão, mas conseguem deixar lembranças marcantes em nossas vidas. Às vezes estão longe, mas perto do coração. O verdadeiro piloto já nasce com a vocação e desde cedo é um bom amigo. Ele aprende e conquistar pessoas por onde passa, deixando no tempo boas recordações. A distancia muitas vezes separa essas almas gêmeas, mas em pensamento sempre estão por perto.

domingo, 6 de setembro de 2009

Sobrevoando as obras de construção da MINI GOLDEN GATE brasileira, com o PT-WZY em 2001.

Pouso em SNEW, após os sobrevoos das obras.

























A ponte em obras ainda em 2.001. Fotos a partir do PT-WZY.
Cmte. Delfino,2.001 sobrevoando as obras da Ponte com o PT-WZY.

Em 2001 estava voando ainda o PT-WZY e com ele sobrevoei inúmeras vezes as obras da construção da Ponte Mini Golden Gate brasileira, sobre o Rio Paranaíba, na divisa MG com MS. O Rio Paranaíba é um rio que nasce no estado de Minas Gerais, sendo um dos principais formadores do Rio Paraná.
Nasce na Serra da Mata da Corda, no município de
Rio Paranaíba-MG na altitude de 1.148 mts , onde na contra-vertente desta serra encontram-se as nascentes do rio Abaeté, tributário do Rio São Francisco, o Velho Chico como é conhecido no sertão. Após percorrer aproximadamente 1.070 km, junta-se com o Rio Grande, formando ambos então o majestoso rio Paraná, no ponto que marca o encontro entre os estados de SP.MG e MS. Entretanto, das nascentes formadoras do rio Paranaíba, a mais distante é a do seu afluente Rio São Bartolomeu, que nasce nas proximidades de Brasília.
A partir dos municípios de
Coromandel e Guarda-Mor, o rio Paranaíba forma a divisa natural de Minas Gerais com Goiás e, já próximo de sua foz, de Minas Gerais com Mato Grosso do Sul.
Seus principais afluentes são os rios: Margem direita (GO): São Marcos (MG-GO), Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Verde e Aporé (GO-MS). Margem esquerda (MG): Bagagem, Dourados, Araguari e Tejuco. O rio Paranaíba é conhecido principalmente pela sua riqueza diamantífera e pelas grandes hidrelétricas que apresenta, como a hidreletrica do Canal de São Simão-GO, barragem de Cachoeira Dourada, entre outras..
O Canal de
São Simão foi um canal existente no sudeste goiano na divisa com Minas Gerais, este canal foi formado pela força das águas do Rio Paranaiba por milhões de anos. Em 1975 com a construção da Usina Hidreletrica de São Simão pela Cemig, o canal foi emerso pelas águas do Paranaiba formando o Lago Azul, um gradioso reservatório de água que atrai milhares de turistas todos os anos.

Hangar árvore e saudades do PT-WZY, Cambaratiba-SP.

Acima, Lançamento do novo Cessna SKYLANE em 1.977. Foto by Cessna Co-USA, cruzando uma camada de nuves sobre Southen California-CA.










A árvore servindo de hangar e o avião em sintonia.
O novo Cessna-Skylane,1977.

Um dos aviões com o qual voei por alguns anos na empresa foi um Cessna-182 SKYLANE, 1977. Adquirido em 1977 era o numero 003 da série, quando a Cessna Aircrafth Co-USA reiniciou a fabricação de monomotores, depois de um longo período em que se dedicou somente aos Jatos da serie Citation. Apesar de ter apresentado tantas panes durante o período em que estivemos operando com essa aeronave (N777BM,old registration/USA,PT-WZY,registro/BR). Foi um dos primeiros a receber motor Lycoming de 220HP, uma vez que os antigos anteriormente fabricados utilizavam de motores Continental. Tinha uma performance muito boa, porém sua construção tinha alguns defeitos, como alto nível de ruído, vibrações, adesivagem das faixas na nova pintura branca, muitas panes de painel, etc... Esse avião marcou muito sua passagem pela empresa, com o qual voei cerca de 1.800 hs e na época em que esteve conosco, um fato curioso marcou sua presença em uma das fazendas do grupo para o qual exerço as funções de piloto executivo desde 1.989.
Tínhamos uma pista de operação restrita e marginal nessa época, onde operava constantemente com a aeronave, durante o período de implantação do plantio de laranjas, a qual chegou a ser homologada pelo DAC na época. Essa pista foi aberta na frente da colónia de casas dos funcionários na porta das cozinhas e fundo das casas. Era o único local naquela época para abertura de uma pista, e só conseguimos 550 mts de área livre. Como as laranjeiras estavam sendo plantadas e eram pequenas a operação inicial de aproximação, pouso e decolagem apesar de critica era funcional e com cautela, sem arremetida. Ali operava carregado ou vazio com muita atenção, entretanto o tempo foi passando e as laranjeiras crescendo, deixaram a situação critica e perigosa, além de encher de poeira as casas dos colonos em cada operação. Na lateral da pista existia um velha e frondosa árvore seringueira, onde o avião ficava a sombra de seus galhos, servindo de hangar para a aeronave, protegida contra o sol.
Cada operação naquela pista, a cada dia pelas altas plantações que restringiam ainda mais o seu comprimento pela rampa de aproximação ou decolagem que diminuía, deixava cada vez mais apreeensivo todos. Foi assim que resolvemos acabar com a pista interditando a mesma e dando baixa no seu registro junto ao DAC, dando lugar ao plantio de laranjas no seu leito. Como a empresa tem perto dali na outra margem do Rio Tiete, excelente pista de 1.000 mts homologada (Faz. São Roque,Município de Reginopolis-SP,SJAS) começamos a centralizar os voos da Faz. Cambará,Município de Cambaratiba-SP para lá, realizando o percurso entre uma e outra fazenda pelo rio Tiete de barco próprio da empresa.
Foi uma época de muitas aventuras que deixa saudades, por não termos tido nenhum incidente naquela pista de operação marginal. E o PT-WZY foi embora, mas deixou doces lembranças desde quando aqui chegou em 1.977 com matricula americana. Ainda hoje é bom recordar os felizes momentos que passamos juntos na frondosa árvore hangar, eu, o PT-WZY e os amigos.