sábado, 2 de janeiro de 2010

1º VOO da Ana Carolina,02JAN2010,PT-IIN








Uma das coisas bonitas da vida é quando realizamos um sonho. Hoje, na manhã do segundo dia do ano de 2010 que se inicia, aconteceu o 1ºVoo de avião da Ana Carolina, nos seus 18 anos de vida e de sonhos. Um voo de cerca de 50 minutos desde Monte Alto-SP e região, com sobrevoo da Cidade das Rosas (Jaboticabal-SP), onde ela reside com seus familiares. A emoção dela foi tão grande ao sobrevoarmos o Vale dos Dinossauros, próximo ao aeródromo de Monte Alto-SP e ao ver do céu a sua casa. Ana carolina chegou a experimentar o prazer de pilotar a aeronave por alguns minutos e descobriu que é isso mesmo que ela deseja: Tornar-se Comandante de Aeronave. O voo aconteceu com a aeronave GRUMMAN AA-5 TRAVELER, PT-IIN aos comandos do Delfino, padrinho de batismo nesse inesquecivel seu 1º voo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ACJ, apenas mera coincidência do acaso...
















Delfino, Anos 60, em frente ao PP-ACJ.

Nos anos 60, como assíduo freqüentador do aeródromo de Jaboticabal-SP(SDJC) pude registrar em fotos uma coincidência que eu achava o Maximo. ACJ era a sigla do Aéro Clube de Jaboticabal e por coincidência o Cmte. João Dellalibera havia adquirido um monomotor Beechcrafth BONANZA, o PP- ACJ. Um lindo avião, com a artística cauda em “V”, característica do luxo e da preciosidade da época. O BONANZA nasceu Rei e seu reino perdura até hoje com variações melhoradas no projeto e substituição da cauda em “V” pela tradicional, como máquina cara e de luxo de alguns abonados. Existe no Brasil inclusive o CLUBE DOS BONANZAS. Foi o cartão de visita dos ricos fazendeiros, pois quem tinha um BONANZA tinha tudo. Dava gosto ver um BONANZA. Confesso, não tenho vergonha de dizer que nunca voei nenhum, nem mesmo de passageiro, pois não me foi dada a oportunidade de apreciá-lo em um voo. Os dois ACJ nada tinha a ver. Foi coincidência. Se bem que alguns leigos ao fato e mal instruídos achavam que o BONANZA era do ACJ, quando na verdade era do fazendeiro Cmte.João Dellalibera. De qualquer forma ele brilhou nos céus da Cidade das Rosas por muito tempo. Agora ele está ai retratado como boas lembranças do passado e como eterna recordação.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hoje o TRUSH COMMANDER SR2R 600 PT-LES é do Cmte. William.








































Hoje tive a grata satisfação de receber a noticia de que meu estimado amigo Cmte. William havia acabado de adquirir o TRUSH COMMANDER SR-2R 600 HP, o famoso desbravador PT-LES. O motivo da satisfação foi saber que esse avião, com o qual ganhei algum dinheiro no passado voando para a AÉRO AGRICOLA CAIÇARA LTDA do meu patrão e amigo Cmte. Roberto Moura, operando a aeronave nas campanhas aeroagricolas da cana de açucar na Usina São Martinho do Grupo Ometto na região de Pradópolis-SP hoje é da AGRO TELLES do William. Ele se encontra ágora em Batatais-SP(SDBA), onde poderei fazer um voozinho nostálgico no mesmo, recordando os bons momentos em que estive no comando dessa estupenda aeronave por muitas e muitas horas, durante os 10 anos em que voei como Piloto Agricola, sem um unico acidente. Consegui acumular uma boa experiências, em milhares de horas de voo nesse tipo de aeronave (SR2R) por 10 anos (1979-1989). O PT-LES era o mais novo avião TRUSH-600 da Caiçara e tinha uma peculiaridade, era o único com a asa modificada e hélices de pás diferenciadas (pontas cortadas), um novo designer que concebia maior desempenho e velocidade de trabalho. Recordando do PT-LES, a saudades vem dos seus irmãos: PT-KVO, PT-INK,PT-IKP, que tive a oportunidade de voá-los na aplicação de herbicidas e na adubação de solidos, com uréia, cloreto e na adubação verde com feijão labe labe. Com esses aviões contribuimos com a CIBA GEIGY nos experimentos de aplicações aéreas desenvolvidas pelo Engenheiro Agronomo e também piloto YASUZO OZEKI, nosso companheiro e orientador técnico. Tivemos grandes mecânicos de aviação que cuidaram dessas aeronaves com zelo e muito carinho, fazendo com que pudessemos voar com segurança. Entre muitos, a lembrança do menino Nivaldo, do Edson, Sr. Nelson, Sidney, Ultramar, nossos anjos da guarda do passado.
Um pouco do curriculum do meu amigo Eng.Agrº YASUZO OZEKI: Formado no curso técnico agrícola, primeira turma da escola agrotécnica “JOSÉ BONIFÁCIO” de Jaboticabal – SP em 1963.Formado engenheiro agrônomo pela escola superior de agricultura “LUIZ DE QUEIROZ” da Universidade de São Paulo (USP), campus de Piracicaba, em 1969.Curso de coordenador em aviação agrícola em 1968- escola superior de agricultura - USP “LUIZ DE QUEIROZ” – USP campus Piracicaba.Curso de pilotagem elementar em 1972 no aeroclube de Pelotas – Brevê de piloto privato PP N.O 22.307, atualmente com experiência de 650 horas de Vôo.Curso de tecnologia de aplicação da Ciba Geigy em Le Barge na Suíça em 1989.Curso de investigação e prevenção de acidente aeronáutico na Cenipa - Ministério da Aeronáutica – Brasília - DF.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Lembranças de fim de Ano....Aeroporto de Congonhas, Anos 60...


Da esq/dir:Mami ELZA, Margareth,Bete e Delfino. Congonhas, Anos 60.

























Delfino em frente ao Aerocomander da SERVENCIN, a convite do piloto.



















Delfino, Anos 60 no aeroporto de Congonhas-SP.


























Aeroporto de Congonhas,SP.Anos 60.

Mais um fim de ano chegou e como ele as boas recordações da vida. Momentos intensos vividos com a família que deixa saudades imensas das boas ocasiões vividas na juventude, em plenos anos 60. Diria até que foram páginas maravilhosas da vida nos Anos Dourados, cheios de paixão e amor pela aviação que nasceu no meu coração infantil e fortaleceu na adolescencia. Estávamos vivendo muitas mudanças politicas e sociais em pleno regime militar onde pouco se sabia, mas muito se percebia nos acontecimentos e era visivelmente sentido na vida dura por que estávamos passando, entre dificuldades e incertezas, mas com muito amor no coração de uma família humilde onde o pai era o patriarca ditador das normas e a mãe a mão santa que vivia pelos seus filhos. Meu pai, o português Geraldo, nunca foi amante ou adepto da ideia de ter um filho aviador na família, apesar de ter sido adotado e criado por família militar, mas minha mãe de origem italiana era brava, enérgica, porém tinha um amor sem tamanho no coração. Então nas tão esperadas ferias de fim de ano em que viajávamos de trem para a Capital São Paulo, para visitar os parentes portugueses que viviam no Largo Coração de Jesus no centro nervoso da metrópole Paulista, um dos passeios agendados com a Mami era passar um dia no Aeroporto de Congonhas. Vendo os aviões pousarem e decolarem desde uma sacada que existia para o publico em geral. Era o dia mais esperado da minha vida e ali comíamos sanduiches e/ou cachorro quente com coca-cola, curtindo o ronco dos grandes motores radiais e algumas turbinas. Meu pai caixeiro viajante e os portugueses iam trabalhar, enquanto fugíamos de ónibus circular para o aeroporto. Grandes emoções, quantos sonhos que ali se aflorou e quantas esperanças de um dia poder voar e quem sabe pousar ali pilotando um avião, como faziam garbosamente os pilotos daquela época nostálgica.
A Mami foi minha incentivadora e não deixou morrer meu sonho de ser aviador. Lutou por mim e pelas minhas irmãs Bete e Margareth e mais tarde pelo meu irmão adotivo Pedro. Trabalhou o quanto pode e não fez questão alguma de vender suas posses, para nos guiar no caminho dos nossos sonhos. Enfim o tempo voou tão rápido, na velocidade em que os aviões voam. Eu me brevetei, consegui comprar o meu primeiro mais pesado que o ar, um Velho Cessna-170 Asa de Tela e nele Deus me deu a oportunidade de voar com ela. Eu e meu pai durão, tivemos muitos desencontros na vida e por ter seguido meu caminho contra a sua vontade, nunca consegui colocá-lo dentro de um avião. As vezes que foi ao aeródromo de Jaboticabal, durante as tradicionais Festas Aviatórias de Julho, promovidas pelo ex-Aéro Clube de Jaboticabal em parceria com a Prefeitura Municipal, por ocasião da data do aniversário da Cidade das Rosas, foi contra sua vontade e até por imposição da minha mãe, gerando certamente algumas brigas familiares. Que Deus os tenham no bom lugar que eles merecem estar no céu, esse mesmo céu que quase que diariamente estou invadindo com meus voos cheios de alegria e satisfação de ter conseguido o que mais desejei na vida, voar....