terça-feira, 17 de julho de 2012

Filho de Peixe, Peixinho é...


Tanto na aviação, mesmo no pára-quedismo, como em muitas profissões e nos mais diversos esportes, sempre existe uma sequencia natural, onde muitas vezes os filhos acabam seguindo os passos do pai, dando continuidade a essa  historia de vida. Conheço inúmeros casos desse tipo e recentemente deparei com um curioso fato. Por afinidade e por terem acompanhado os pais desde pequeninos acabam seguindo a mesma trajetória. Nosso amigo Tonho Soranzo, velho pára-quedista é remanescente dos anos 70 da história de um pára-quedismo esportivo pioneiro, dos nossos memoráveis e áureos tempos. Da época dos velames redondos que praticamente navegavam ao sabor do vento e onde era exigida uma técnica particular para conseguir um pouso seguro em local pré-determinado. Isso que era a verdadeira essência de um esporte.
Hoje as coisas evoluíram e o esporte do pára-quedismo, além de ficar mais acessível a todos oferece uma gama de opções para quem deseja saltar com segurança e tranquilidade. Assim caminha a humanidade.         O Lelo que praticamente foi criado dentro das áreas de saltos levado pelo pai que era uma verdadeira fera nos pousos de precisão com obsoletos pára-quedas redondos, acabou pegando gosto pela coisa. Além de trabalhar sempre com o pai, acabou levando o Tonho que havia até pendurado a chuteira de volta para a pratica do esporte. O LELO começou a saltar já na geração nova de velames mais sofisticados, os chamados pára-quedas retangulares altamente dirigíveis e com dispositivos de segurança que na nossa época não existia. Assim o Velho Águia TONHO voltou a saltar e não perde mais nenhuma área de saltos em Araraquara-SP. Na sequencia natural, o LELO acabou casando e teve um lindo garotinho, o Murilo, que sempre carrega a tiracolo levando para as suas aventuras pára-quedisticas como seu pai fazia com ele.
A paixão pelo esporte do pára-quedismo e com seus talentos profissionais no computador e no ploter como designer aliado a empresa da família de produção de propaganda visual, sonha com o dia, em que seu filho MURILO acabe saltando também de pára-quedas. Incentivador numero um do menino, já imagina os saltos, e não é que acabou criando uma curiosa e interessante foto,colando  o rosto do garotinho de 1 ano e 4 meses no seu corpo em queda-livre projetando o futuro do menino no espaço. Céu azul, muito céu azul, muita adrenalina para todos. Sempre que possível acaba ensinando alguma posição de queda-livre para o filhote que realiza com perfeita precisão e gosto. 
Nessa onda, nós que acabamos acompanhando toda essa linda história de vida. Por força do destino e pelos mesmos gostos, nos tornamos amigos desde aqueles anos 70, unidos pela pratica do esporte e sempre que possível estamos em alguma área de saltos revendo os amigos e participando da vida deles.
Como toda regra tem exceção, acho que no nosso caso nós somos a exceção da regra, pois nossos filhos não pretendem seguir nossos passos nem no pára-quedismo e nem na aviação que amamos tanto. Afinal a vida é assim. Nem tudo é como a gente quer.... Então vamos torcer pelo Murilinho.



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