sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Matão-SP no Passado e seu Campo de Aviação...

Ficar sossegado muitas vezes é perigoso e prejudicial à saúde. Recolher-se dentro de si mesmo não é muito bom. Precisamos poder ter consciência e voltar ao passado, recordando momentos inesquecíveis que não voltam jamais. Reviver é relembrar e o legal é quando fizemos parte desse tempo que se foi. Para nós o maior tesouro e para os mais novos é nossa satisfação transmitir em fato e fotos momentos que se foram e não voltam mais. Assim podemos dizer que somos produtivos e bem informados, quando encontramos recordações e conseguimos transmiti-las aos outros. Há pouco me veio falar o amigo Toninho Lopes da Terra da Saudade, aviador pioneiro e Aventureiro do Ar com suas geringonças voadoras, lembrado até no livro Madrugada & Confusão em episodio hilariante relembrado com sabedoria. Bem falaremos disso depois. O que importa são as fotos retiradas do fundo do baú, lembranças eternas do antigo Campo de Aviação que se transformou em aeródromo publico. O Armando Natali /SDLY em Matão-SP onde muita coisa aconteceu.
Recordo-me dos anos 70, mais precisamente 1979, quando morava com a Betty na antiga Fazenda Cambuhy do ingleses no Bairro Boa Vista próximo ao Campo de Aviação. Era uma verdadeira aventura sair de casa com o nosso Chevrolet Chevete nos dias chuvosos para ir ao aeródromo. Estrada precária em puro barro, muitas vezes fazia com que deixássemos o Chevetinho no meio da lama encostado no barranco. Quem imaginária que um dia tudo ali nas cercanias do velho Campo de Aviação fosse se transformar nos bairros repletos de casas que circunda todo aeródromo. Ruas asfaltadas, pura infraestrutura residencial. Basta ver as fotos e avaliar o tempo, o ontem e o hoje. Esse é o verdadeiro valor das diferenças entre o ser e estar. O cenário daquela época mudou.
Recentemente o esqueleto do Hangar BAMBOZZI da década de 70 acabou terminado no tão esperado Hangar Bruno Bambozzi de DEZ/2012. O Hangar Agropecuária LOBO acabou indo ao chão e no mesmo terreno ergueu-se o Hangar Delfi’s. Assim é a vida em constante transformação. O Hangar VELOZCOR do Toninho Lopes transformou-se após uma grande reforma em Hangar Isolux.  O mesmo aconteceu com o Hangar BALDAN. O Hangar FISCHER veio a ser construído depois por volta de 1989 e a carruagem dos acontecimentos não parou.
Logo, assim que a Prefeitura Municipal liberar uma área no aeródromo Municipal Armando Natali, o SDLY, terá a construção do tão esperado Hangar Borelli’s.
Ainda na década de 70, após a construção dos hangares: VELOZCOLOR, LOBO, BALDAN nasceu o Hangar WEST BEEN do Edson Troly.
Hoje resgato do tempo, memórias valiosas que na sua dimensão em magia registra a construção do tempo e nesse tempo a construção do hoje materializado. Quem tirou as fotos nem pensava na preciosidade delas um dia, mesmo envelhecidas, mas reais testemunhas o que foi e do que é. É ver parte do tempo em duas dimensões distintas e sonhar além da imaginação com a razão da sabedoria. É acreditar como as coisas se transformam. São cúmplices silenciosas do que aconteceu e como aconteceu. Vivendo o indefinido, de longe depois de tantos anos observo como o tempo passou e a gente vai ficando velho. Então não vou ficar sossegado. Pensar e refletir sem transgredir a ordem do superficial faz bem para o coração, para a alma. Assim vamos recordar um Campo de Aviação e a construção da sua história através dos hangares que foram nascendo e morrendo deixando registrada a luta individual dos amantes da aviação que ao rumor dos ventos, da generosidade das chuvas e da grandiosidade do céu alicerçaram e alavancaram a historia da Aviação Matonense. 






















Para viver de verdade precisamos pensar e repensar, recordar e viver compreendendo as coisas e como elas acontecem. Nada é por acaso e tudo vale a pena.
O Toninho Lopes é um dos Pioneiros daquela época. Continua firme até hoje. É o Rei do Campo de Aviação, onde conquistou entre tantas a amizade do também Pioneiro Julio Marques e os dois quando se encontram é só festa. Gostam de relembrar as doces Saudades de Matão.

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